segunda-feira, 27 de maio de 2013

Análise à estrutura do Benfica





Depois da revisão do que Jesus já fez no Benfica, trago agora a minha análise ao que de bom e mau há na estrutura do Benfica.

Digo-vos, desde já, que não estou muito por dentro daquilo que é a estrutura do futebol benfiquista e, por isso, a minha análise será um pouco superficial. Agradeço por isso a opinião do leitor também.

Luís Filipe Vieira tem 12 anos de mandato e 2 títulos nacionais. Olhando para os números é muito pouco. Podemos agora recorrer ao argumento daquilo que era o Benfica antes de LFV: uma equipa sem rumo, a comprar tudo o que de mau jogador havia e a fazer campeonatos sofríveis. Depois de um início de mandato a tentar reestruturar o clube e a falhar constantemente nos treinadores escolhidos, chegou a estabilidade com JJ. O início foi bom, mas a partir daí tem sido a cair (em termos de títulos). O que se pode apontar a LFV? Não me parece um líder. Não vem a público defender a equipa quando esta precisa. É tudo muito bonito quando o vemos no relvado do Stamford Bridge a falar daquilo que o Benfica jogou, quase eliminando os ingleses. Mas aparecer nas derrotas em que se viu os jogadores a dar tudo e onde a equipa deixou orgulhosos os adeptos, é fácil. Quando as derrotas custam mais e deixam os adeptos furiosos, Vieira deixa Jesus a falar sozinho, a defender-se e a defender a equipa sozinho. E que raio teve ele de ir fazer ao Brasil a 3 jornadas do fim do campeonato? Que imagem passa para os jogadores?

Não percebo o papel de António Carraça dentro do clube sinceramente. Questiono-me mesmo se é benfiquista ou se é apenas mais um a receber dinheiro de todos nós, benfiquistas, para nada fazer. Ou seja, a sua entrada fez com que Rui Costa se juntasse mais a Vieira, mas se afastasse mais de Jorge Jesus e, consequentemente, da equipa. Na minha opinião, Rui Costa tem de trabalhar ali, junto da equipa, porque ele sabe o que é estar ali. Foi jogador de futebol e jogador do Benfica. Estar com os jogadores, ajudá-los, ajudar o treinador. Essa sim devia ser a função de Rui Costa. Ou então, no caso de se querer manter Rui Costa como está, contratar um benfiquista para ser o apoio de Jorge Jesus (caso este fique no Benfica). Muitos ex-jogadores do Benfica seriam bem-vindos.

Dentro da comunicação, destaca-se João Gabriel. Quando fala, fala bem. O problema é que fala no momento errado. Quem decide o "timing" das conferências de João Gabriel?

Alguém que sabe o que é gerir é José Eduardo Moniz. O trabalho que fez com a TVI está à vista de todos e, do ponto de vista de gestão, é do melhor que temos no clube. Parece-me um pouco na sombra nesta estrutura do Benfica. Moniz poderia, assim, assumir o papel de gestão do clube, trabalhando bem de perto com Vieira.

Penso que com certas mudanças na estrutura, todos ficaríamos a ganhar. Como se pode ver e tal como já tinha dito, a minha análise é um pouco superficial visto não estar enquadrado na realidade diretiva do Benfica. Mas, resumindo, a estrutura passaria a contar com Vieira como presidente, mas a mudar a maneira como defende a equipa. Pode-se mudar de presidente? Pode. Mas há alguém capaz de substituir LFV sem destruir muito do bom trabalho já feito? Se há, nunca se candidatou a presidente do Benfica. A seguir, na hierarquia, surgiria Moniz. Não tendo apenas um papel de vice-presidente, mas sim trabalhando mais como um co-presidente, muito perto de Vieira, assumindo grande parte da gestão. Mais perto do futebol e da equipa seria importante ter Rui Costa. E juntar a ele algum ex-jogador encarnado. As sugestões aceitam-se mais uma vez. Formar assim um núcleo de benfiquistas que sintam o clube e que trabalhem de perto com a equipa. E que, nos momentos decisivos estejam lá no balneário, a falar com eles (jogadores e equipa técnica). Sendo que Rui Costa se assume mais como um diretor-desportivo, atento ao mercado, o outro homem-forte, que até poderia ser considerado um adjunto do treinador, não um direto, mas alguém que faça a ligação entre treinador e direção (de certeza que alguém consegue inventar um nome para isso) era muito importante. Mas o mais importante é que seja benfiquista!

3 comentários:

  1. Primeiro que tudo eu não sou Benfiquista mas sim sportinguista (sócio e tudo). O meu papel dentro da "estrutura" do Benfica é de ser o bufo. No final da semana vou contar tudo o que eu vi ao presidente Vieira. O presidente tem as suas empresas particulares e não pode estar sempre com o Benfica e precisa de alguem que lhe conte o que se passa. E todos os meses os benfiquistas arrotam 3000€ na minha conta bancária. Tenho ou não tenho uma vida de luxo?

    Pró ano é que vamos ser demolidores e vamos ganhar tudo! ninguem nos pode parar ! o caminho está traçado!

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  2. Já li varios comentarios sobre o facto de LFV, ter ido ao Brasil, no dia do jogo com o Estoril. Mas será que o SLB não ganhou, por ele não ter jogado?

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    1. Ele não estava com a equipa, como lhe compete. O que transparece é que, para ele, o jogo não era importante, que estava ganho. O que se veio a revelar ter sido um dos mais importantes do ano. A presença dele no Brasil pode até ter sido importante e em nada ter influenciado os jogadores. Mas não fica bem...

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Insultem e javardem para aí. Mas se sujarem isto depois limpam, ok?