Queremos futebol sem balizas para Rafa e a criação de mais competições para Cervi marcar
Enquanto vos escrevo, o Porto já publicou mais 5 fotos no facebook onde descobre penalties a seu favor e Peyroteo não pára de marcar. Entretanto, o fraquinho Benfica que não joga a ponta de um pintelho, termina o ano com 44 vitórias, igualando o Barcelona e o recorde de sempre em Portugal. O Paços fez pouquinho, o Benfica não precisou de fazer muito e até Celis esteve em bom plano, o que nos surpreendeu.
Ederson: termina o ano, acima de tudo, com frio. A defesa mais complicada que fez consistiu num momento em que tem tempo de colocar o joelho no chão e agarrar a bola com a calma que lhe é característica. Deu um sprint quase até ao meio-campo, provavelmente para dar os parabéns a Jardel pela boa exibição, tendo em conta que nunca mais esteve a menos de 20 metros dele durante a partida.
Nelson Semedo: é vender! Não precisamos para nada de um lateral rápido, a crescer defensivamente e com boa capacidade de decisão. Há aos montes desses... Meus amigos, eu não sei se o Vieira anda a tentar vendê-lo ou não, mas deixá-lo sair em janeiro será, sempre, um erro.
Luisão: não escorregou nenhuma vez mas ainda quis iniciar um contra-ataque para o Paços, que rapidamente cortou. Esteve lá hoje, sem se dar muito por ele.
Jardel: não precisa de estar muitas vezes em campo para se tornar notório que precisa de estar muitas vezes em campo. Foda-se, troquei-me... É o melhor central do Benfica e tem de ser titular sempre que esteja disponível.
André Almeida: aumentou a sua coleção de jogadores de bolso com um gajo qualquer do Paços que eu nem conheço, porque nem apareceu, isto depois de ter começado com Gelson. Teve contributo importante no golo.
Fejsa: nada afetado pelos doces de Natal, talvez por não festejar uma quadra que celebra o nascimento de um Messias, quando se sabe que o verdadeiro Messias se chama Ljubomir. Proponho por isso que se altere o Natal para 14 de Agosto. Proponho também que a Páscoa se festeje em cada dia que Ljubomir foi campeão, o que acabava por dar feriado durante quase todo o mês de Maio.
Celis: fez ao 6º jogo o seu melhor jogo, sem grandes problemas com a bola nos pés e tirando ali uns 5 minutos de flashback dos seus tempos na Colômbia em que começou a distribuir fruta, um bom jogo em termos defensivos. Parabéns Guillermo, hoje tens direito ao que quiseres.
Rafa: tudo que não exija marcar golos, Rafa faz como poucos. Rafa, o boneco playmobil de barba, quando olha para a baliza, vê isto certamente:
Cervi: decidiu mostrar aos colegas que se devem deixar de conices em frente à baliza e que devem espetar um balázio que, mesmo que apanhe o guarda-redes, o empurra para a baliza com a bola. Porra, estou muita forte com as referências ao Oliver e Benji hoje.
Gonçalo Guedes: muito bem a fugir a todos os defesas que lhe apareciam pela frente, melhor ainda a tentar estragar os placards publicitários que se encontram atrás da baliza. Fez Jonas desiludir-se com a juventude mais do que uma vez.
Raul Jimenez: esteve perto de marcar na jogada do golo de Cervi e esteve igual a si mesmo: lutador, esforçado e no sítio onde Rafa deve estar sempre (fora da área). Saiu lesionado, obviamente. Sim, porque o Benfica não poderia terminar 2016 sem alguém se lesionar.
Jonas: a bola fica mais redonda, a relva mais verde, a imagem mais nítida e colorida. Os colegas jogam melhor, os adversários parecem mais toscos e até Fejsa parece mais campeão com Jonas em campo. O futebol precisa de Jonas, Jonas precisa de futebol e nunca se esqueçam que Nuno, no Valencia, o dispensou.
Mitroglou: entrou para ser abraçado pelos carentes centrais pacenses. Sendo Kostas Mitroglou um rapaz friorento, duvido que se tenha importado muito.
André Horta: colocado em campo para ganhar ritmo, teve num corte em carrinho junto à linha final o seu melhor momento. Bem-vindo de volta, Hortinha.