quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Dia de voto

Cumpre-se hoje mais um dia de democracia no nosso Benfica.
Muito se tem desvalorizado este acto, muito por culpa de haver apenas um candidato em corrida, o que torna o desfecho do resultado bastante previsível.

No entanto, é preciso relembrar que bem antes de haver democracia em Portugal  havia democracia no Benfica. Falamos de algo que está bem entranhado nas raízes  do nosso clube e que deve ser respeitado e preservado.

Por tudo isto e muito mais e seja-se a favor ou contra o actual Presidente, concorde-se com tudo, com algumas coisas apenas ou não se concorde com nada...o importante é cada sócio exercer o seu direito de voto que é também uma responsabilidade.

Mesmo um voto branco é mais importante que um não-voto. Por isso usemos deste nosso privilégio e votemos em consciência.

Até porque amanha há mais um jogo para ganhar! Viva o Benfica!







segunda-feira, 24 de outubro de 2016

As caralhadas do Pizzi, as aventuras de Mitroglou e o patriotismo de Lindelof numa impensável vitória pós-Champions


Jogo regadinho de chuva, mas com um Benfica dominante, a entrar bem e a conceder muito poucas oportunidades ao Belenenses, ficando a sensação que o resultado podia ter sido mais dilatado. Fiquei confuso durante o jogo, porque podia jurar que tínhamos jogado na quarta em Kiev e que mesmo assim estávamos com uma intensidade alta, mas deve ter sido sonho só.

Ederson: à chuva, sujeito a apanhar uma pneumonia, defendeu o que por perto da baliza passava como já vem sendo hábito. Sem muito trabalho, mas eficaz no que fez, vai certamente andar a canjas esta semana.

Nelson Semedo: um lateral copy-paste. O que fez hoje foi copiado do jogo da última quarta, não interessando para tal o adversário, o árbitro ou o senhor dos couratos. Mas cá vai uma data de clichés futebolísticos que se poderão ler amanhã no jornal: foi seguro a defender e aventurou-se bastante no ataque. Se isto vier no jornal quero um chocolate.

Luisão: continua certamente com raiva de alguma coisa, os jornalistas saberão explicar melhor. Comandou mais uma vez o setor defensivo, como jogador infeliz que é, tendo participação importante no golo de Grimaldo.

Lindelof: jogo certinho e competente até ao momento em que decidiu assustar a nação benfiquista, sentando-se no chão com dores. Nada mais não seria do que a preparação para a dança tradicional sueca que ia ensaiando a seguir, enquanto se deslocava para o seu sítio.

Grimaldo: mais um com poucos problemas defensivos e que, por isso, teve a oportunidade de ir lá à frente quantas vezes quis, Um par de cruzamentos para o Tejo e uma assistência para o tiro ao boneco de Mitroglou depois, decidiu assumir o papel de marcador. Saiu perto do fim e todos ansiámos que seja apenas por ter saudades de um tal de Jonas.

Fejsa: se eu disser que Fejsa fez uma data de cortes e limpou o meio-campo, não estarei apenas a ser repetitivo e curto na minha análise. Estarei também a ser injusto, mas ao mesmo tempo verdadeiro. Não há palavras para a segurança que dá ter Fejsa, mas para se escrever um texto, as palavras são necessárias.

Pizzi: pôs toda a gente a jogar, assistiu mais uma vez e, apesar de uma ou outra asneira, nenhuma foi maior do que aquilo que se pôs a dizer junto a um microfone nos descontos. Pensa Luís Miguel, que agora és pai. Caralhadas não, Pizzi. Caralhadas não.

Salvio: uma data de bons pormenores, um ou outro momento de individualidade exagerada que são tão habituais como o Sporting foder pontos depois da Champions e um lance caricato perto do fim, em que pareceu nem pilhas ter para mexer uma perna, quanto mais dominar uma bola. É óbvio que foi visto dois minutos depois a arrancar um amarelo num sprint.

Cervi: tem a estranha mania de aparecer na zona de penálti, pronto a acertar com um remate no rabo de alguém. Conseguiu na segunda-parte ainda enviar uma bola à trave, terminando o jogo sem um golo, algo a que eu não me conseguirei habituar.

Gonçalo Guedes: estava afinal tudo bem com Guedes e rapidamente as nódoas negras sararam. Ainda foi dono de uma mochila de nome Gonçalo Brandão na primeira-parte e surpreendeu Rosell na segunda, quando pareceu querer pedir-lhe a camisola. Foi mais do que isso, o grande dinamizador do ataque benfiquista, criando oportunidades para toda a gente. Ainda a esta hora se poderá ver João Diogo no Restelo, qual pião, a rodopiar depois da finta no golo de Grimaldo.

Mitroglou: teve jogo para hat-trick, marcou um golo e continuará a ser o melhor jogador com cabelo à Tintim e barba à Capitão Haddock do mundo e o melhor remédio contra os ataques cardíacos prematuros dos benfiquistas.

Jimenez: tem neste momento tanta aptidão para jogar futebol de alto nível como eu. Razões diferentes? Certo. Eu sou só horrível e ele está lesionado. Mas a aptidão neste momento é a mesma.

André Almeida: lançado porque Grimaldo se lesionou, não se lesionou também. Uma exibição positiva, assim sendo.

Danilo: One way or another I'm gonna see ya
I'm gonna meetcha meetcha meetcha meetcha
One day, maybe next week
I'm gonna meetcha, I'm gonna meetcha, I'll meetcha

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Ederson foi Ljubomir, os argentinos dão-se bem na Ucrânia e a solução para os problemas na Crimeia


Primeira vitória do Benfica nesta edição da Champions na gelada capital ucraniana. Antunes quis rivalizar com Ederson pelo prémio de melhor do Benfica, num dia em que nem a entrada de Celis nos tiraria a vitória. Não é uma vitória de penalty no último minuto em casa do Brugge, nem tão pouco nos aproxima da liderança no Campeonato da Vida, mas dá para continuar a acreditar na passagem na Champions, o que também é importante.

Ederson: recebe hoje o prémio Fejsa, pela quantidade de vezes que teve de ser bombeiro (Fejsa também o foi, mas isso já é o normal, não tivesse o prémio o seu nome). Viu Vida passar-lhe à frente e depois ir contra ele a alta velocidade na primeira-parte, o que, não só dá um bom trocadilho como ainda ensina lições ao jovem guarda-redes.

Nelson Semedo: Viu Derlis fazer um cabeceamento horrível, que só seria suplantado pelo remate do mesmo pela linha lateral, quando já se encontrava dentro da área. Não teve muito trabalho defensivo e ainda foi bastante competente nas ações ofensivas. Terminou o jogo a ver um miúdo ucraniano ganhar cantos pelo seu lado, o que é sempre engraçado.

Luisão: continuam a perguntar a Luisão se os seus festejos são gestos de raiva e Luisão continua a olhar para os jornalistas a pensar se os gajos têm mesmo credenciais para estarem ali de microfone na mão. Foi uma ou outra vez ultrapassado em velocidade, mas com toda a sua raiva, acabava sempre por assustar os adversários que mais opções não tinham do que atirar a bola para fora.

Lindelof: bem a compensar, embora tivesse um ou outro problema com bolas colocadas nas suas costas na segunda-parte. Foi terrível para os fotógrafos que raramente o conseguiram apanhar, tal foi o seu grau de notoriedade hoje.

Grimaldo: passou no teste de aguentar 90 minutos com o Yarmolenko pela frente e não se rir uma vez do penteado. Não foi tão ofensivo hoje, mas encarnou nas melhores personagens dos filmes de ação no final, ao impedir o golo do Dinamo. Foi um filme com final feliz.

Fejsa: controlou o meio-campo e raramente deu espaço a quem por lá aparecia, voltando um pouco ao Fejsa que já conhecemos. Colocou-se também na frente de um remate já perto do fim, mas com muito menos dramatismo do que Grimaldo, porque Fejsa não tem tempo para isso.

Pizzi: sólido a defender durante boa parte do jogo, foi importante no segundo golo ao descobrir Salvio. Valeu a sua exibição pela maneira convicta com que o relatador espanhol do meu stream dizia o seu nome, até porque a sua exibição foi, ao contrário do que é costume, constante.

Salvio: um golo de penalty, uma (quase) assistência e todo um flanco para correr, que Antunes lhe alugou e que Salvio agradeceu. É um daqueles jogos em que um gajo nunca se vai lembra se ele perdeu muitas bolas ou se andou a fazer cruzamentos para ninguém porque a sua presença nos golos e a felicidade com que correu naquele flanco, deixam qualquer um deslumbrado.

Cervi: marca que se farta e ainda tem coragem de ir até à Ucrânia fazer túneis. Claro que depois leva na boca. Notou-se uma clara ausência de Horta no festejo do seu golo.

Gonçalo Guedes: Putin já deve ter estudado. É deixar Guedes no meio dos ucranianos a levar porrada e conquistar a Crimeia sem ninguém ver. O jovem português certamente não passou frio esta noite, regressando a Portugal com o primeiro caso clínico de nódoas negras em 2º e 3º grau.

Mitroglou: passou pelo jogo como um homem nos saldos da Zara. Estás lá porque tem de ser e só esperas chegar a casa inteiro, porque dali não vais levar nada. Foi ainda assim perturbado por um remate de Cervi, que Mitroglou obrigou a repetir. Com sucesso, obviamente.

Jimenez: regressou de lesão para tentar bolas de cabeça e evitar uma recaída. Diria que esteve bem em 50% das suas funções, mas vou esperar pelo boletim médico.

Celis: Rui Vitória quis testar se esta era a noite do Benfica, ao colocar Celis a 8 minutos do fim, e cedo se reparou que o teste ia ser positivo. Celis passou ao lado de tudo o que aconteceu naquele campo e é assim que queremos que continue.

Eliseu: entrou, para extremo, porque o Benfica tem poucos. Fez uma falta, festejou a vitória com os adeptos e foi para o balneário. A vida de Eliseu nunca foi tão pacata...

sábado, 15 de outubro de 2016

Não te metas com o Benfica na discoteca


Porque o Benfica é aquela gaja que vos permite tudo: vocês pagam uma bebida, começam a fazer-se ao piso, agarra aqui, mexe ali e até vos pode dar um ou outro beijinho. Mas na hora de ir embora, para fechar "a transição", está muito cansada e/ou dá-vos o número de um contabilista de 63 anos de Almancil. Porque pelo segundo ano consecutivo, o que o Benfica fez na 3ª Eliminatória da Taça de Portugal foi bullying aos mais pequenos. Prometeram-lhes mundos e fundos para depois aparecer um central a decidir que afinal já era hora de ir para a caminha e que não havia lugar a prolongamentos.

Ederson - titular hoje num jogo em que Paulo Lopes foi suplente, deixando-nos na mesma à nora quanto à questão da rotatividade dos guarda-redes. Existe? Tem uma sequência? É influenciada pela presença do Celis em campo? Para descobrir nos próximos tempos...

Nelson Semedo - não se assustou com um Águas pela frente e foi bastante participativo no ataque, embora tenha desaparecido da sua zona defensiva em alguns momentos na segunda-parte. Voltou da seleção inteirinho, o que é sempre positivo.

Luisão - como quem tira doces a um bebé, Luisão foi lá acima e decidiu que já chegava de futebol por hoje. Festejou como se de um golo decisivo para o título se tratasse (e ele sabe como se festejam esses), mas compreende-se porque o alívio que sentimos foi semelhante àquele que nos proporciona um título nacional.

Lisandro - foram tantas as boas ações ofensivas como a quantidade de lenha que distribuiu lá atrás. Fica agora ao vosso critério o número de faltas e jogadas perigosas de Lisandro hoje.

Eliseu - um gajo fica habituado a ver o Messi ali e por isso, quando metes um jogador que chuta de todo o lado, normalmente acertando num adversário, ficas um bocado dececionado. Ainda assim, foi talvez o menos mau na primeira-parte e fez no geral um bom jogo.

Celis - Eh pá, desta vez nem peças para cagar. Sai logo fds... Mas agora a sério, quem foi a alma que, sabendo que temos Fejsa e Samaris, mais Pedro Rodrigues na "B", achou que era necessário gastar dinheiro no Celis? E depois pô-lo a jogar?

Danilo - um pouco escondido durante o primeiro tempo, decidiu sacar um coelho da cartola e fazer um golaço. Podia ser uma opção interessante para o jogo da Champions, mas não, vai ficar por Lisboa a subir uns níveis no Ultimate Team do FIFA 17.

Zivkovic - fez um daqueles jogos em que não faz nada de mal, mas também ninguém se lembra de nada de bom. O que é normal, tendo em conta o que a equipa (não) produziu. Ainda assim, mostrou algumas boas combinações com Semedo.

Carrillo - então, tá tudo oh Carrillo? Olha, não era suposto teres ido ao Estoril hoje? Não? Ok então, fica bem.

Cervi - o mesmo que se disse sobre Zivkovic dá para Cervi. Tem a constituição física de um miúdo no meio dos gigantes, o que não dá muito jeito quando lhe pedem para ganhar bolas de cabeça. Sim, eu sei que marcou de cabeça contra o Feirense, mas até o Celis acerta um passe de vez em quando e não passa a ser o Xavi.

Zé Gomes - a pontaria não estava lá e torna-se mais difícil quando a bola nem lá chega, mas ainda encontrou espaço para um ou outro momento de perigo. Esperemos não ficar anos a aguardar por um golo do rapaz, porque isto stressa-me.

Gonçalo Guedes - mexeu logo com o jogo e foi o mais perigoso de todos os elementos do ataque. Tentou à bomba, quase que dava, mas teve um jogo positivo.

Pizzi - entrou, marcou uma data de livres e cantos, quase todos sem perigo, fez uma assistência num deles e foi para o banho. Um dia normal na vida de Pizzi.

Mitroglou - entrou com o único propósito de meter medo aos adversários. Diria, tendo em conta o resultado, que Rui Vitória acertou.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Valores mais altos se levantam

Dias tristes, estes em que se vão perdendo as grandes referências não só do Benfica mas do desporto Português em geral.
Depois de Eusébio, Coluna, Bento...vemos partir Mário Wilson. Um Senhor em todos os aspectos da palavra. Um símbolo eterno do nosso clube e de tantos outros em Portugal.
É triste que se viva um ambiente tão rasteiro e mesquinho por parte de clubes rivais e dos seus dirigentes, e que muitas vezes ainda se dê demasiada importância da parte do Benfica e dos seus adeptos a essas provocações. 

Saibamos nós seguir a postura e exemplo de Mário Wilson, que sempre foi o contrário de tudo isso: Respeito, Fair Play e muita lealdade e dedicação aos clubes por onde passou.

Nunca me hei-de esquecer que naqueles terríveis anos 90 era sempre ele o "bombeiro" chamado a ajudar o clube quando era preciso um treinador para reagrupar as tropas. E lembro-me perfeitamente da taça de Portugal que conquistámos sob o seu comando. 
Pensei colocar aqui o vídeo do seu arrepiante discurso na Gala do Benfica há uns anos, mas para quem, como eu, é demasiado novo para ter acompanhado a vida e carreira do senhor Mário Wilson, fica aqui o magnifico episódio da BenficaTV "Vitórias e Património" dedicado especialmente a ele e à sua história de vida. E que história! 

Até sempre, Velho Capitão! Os Benfiquistas sempre te vão guardar com carinho na sua memória.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Mentalidade de Vitória

O Benfiquista realmente será sempre um adepto insatisfeito: após a quinta vitória consecutiva para o campeonato (esta pela tangencial margem de 4 - 0) chovem críticas ao treinador, aos jogadores, presidente, etc...isto tudo porque o nível de futebol apresentado pela equipa não corresponde aos padrões aceitáveis para o clube.
Juntando a isso, acha-se que "a galinha da vizinha" é que é melhor que a nossa...mesmo que a tal galinha (neste caso é mais um galo de crista levantada) tenha sofrido mais uma daquelas "doses de realidade" a que nos habituou quando estava cá.
Tenho para mim que apenas no dia em que o Benfica conquistar a Champions e todas as competições internas não haverá críticas...e mesmo assim alguém com certeza dirá que devíamos ter goleado em mais jogos!
Eu próprio crítico muito, muitas vezes e em algumas talvez injustamente...mas não fujo a essa regra de adepto Benfiquista exigente, que apenas quer que ganhemos todos os jogos de goleada e rolo compressor (por mais sonhador que isso seja).
No entanto confesso que me irritam as críticas exageradas a Rui Vitória: um treinador que no início de época perde o seu mais influente defesa (Jardel), o seu melhor jogador e avançado (Jonas) e o seu suplente directo (Jiménez) e ainda assim consegue liderar o campeonato com avanço, a melhor defesa e o melhor ataque...não pode ser só sorte.

Esta mentalidade que esta já bem incutida nos jogadores, sejam eles um veterano de 32 anos ou um puto de 20, reflecte-se nos resultados e isso é o mais importante. Quanto ao facto de as exibições serem  um pouco aquém do que todos gostávamos...bem, apenas em 2009/2010 a equipa "esmagou" desde o início do campeonato e os 11 titular dessa altura era algo de completamente inacreditável para a realidade do nosso campeonato (mesmo com a "outra galinha" muito sofremos sempre até Dezembro...). Há que dar tempo aos jogadores novos de se integrarem e os lesionados de recuperarem, depois disso acontecer acredito que teremos então a tal nota artística que todos desejamos!

Até lá somos apenas primeiros isolados...que chatice!!

P.S. - Mais de 58000 na Luz...os jogos deviam ser sempre Domingo à tarde!

domingo, 2 de outubro de 2016

A felicidade de ter Messi a lateral-esquerdo e de aguentar uma vantagem de 3 golos (e até ampliá-la)

Hoje não deu para ver o jogo, mas já ouvi dizer que jogamos mal como sempre e que os outros é que são bons e que é por isso que somos os últimos a contar de baixo. Não há por isso aquela palhaçada dos comentários pós-jogo, mas fiquem com isto, que é bonito:


PS: o Parem lá com Isso! criou uma conta nessa coisa do twitter e vai mandar postas de pescada por lá também. Façam o favor de seguir aqui.