Mitroglou tem a cura para os problemas cardíacos (outra vez)
Mais uma vitória do Benfica, que faz com que o Porto não possa chegar à liderança esta semana. Veremos como lidam com esta situação... O Benfica dominou em certos momentos, sentiu bastantes dificuldades noutros, mas venceu com Mitroglou em destaque e com Vieira a contar notas a cada arrancada do Semedo.
Ederson: mais uma vez, impecável sempre que foi chamado a intervir. Exceto no golo, em que toda a equipa foi atrás da bola em vez de haver uma alma que marcasse um brasileiro-bielorrusso com problemas capilares. Não teve culpas como é óbvio.
Nelson Semedo: duas assistências, um montão de arrancadas e pormenores bonitos e o passaporte do Vieira a ganhar cada vez mais carimbos. Defendeu de perto Fábio Martins, tão perto que o viu fazer cinco ou seis faltas sem admoestação, o que o levou a pensar que este era um jogo qualquer no Dragão. Enganou-se e falha a próxima jornada.
Luisão: Hélder Conduto elogiou-o, apesar de não haver jogador que o Conduto não elogie. Melhor na segunda do que na primeira-parte, mas pareceu-me desconcentrado em certos momentos e distribuiu demasiada lenha noutros, isto numa altura em que o tempo até vai aquecendo.
Lindelof: há dias em que eu acho que o sueco foi mesmo vendido ao Manchester, na medida em que não se vê o rapaz. Lembro-me de um passe de rutura, de um alívio de qualquer maneira e pouco mais. Mas atenção, do que se viu, esteve bem.
Eliseu: deu espaço a Perdigão nas poucas vezes que este lhe apareceu pela frente no primeiro-tempo. Uma data de cruzamentos do meio-campo e uma segunda-parte descansada depois fazem desta uma exibição com pH 7.
Samaris: um jogo mauzinho onde consegue estar em dois golos e vir falar com sotaque de Viseu para a flash interview. A noite foi preenchida para Samaris, que nunca sabe se cada entrada à queima vai resultar em corte ou em falta/descompensação para a equipa ou se cada passe a rasgar vai apanhar Semedo ou acertar no Pizzi.
Pizzi: Um ou outro lance em que tentou rematar de pé esquerdo, uma ou outra aceleração e um buraco com a sua forma no meio-campo quando era preciso defender.
Salvio: por alguma razão, Rui Vitória decidiu andar a dar primeiras-partes de avanço sem extremos aos adversários. Manda o melhor extremo-direito para a esquerda para jogar um extremo que faz com que o " eu com 8 anos a meter o pé à frente de um portão automático a fechar" pareça um rapaz inteligente e ponderado.
Zivkovic: abismal a diferença que apresenta a jogar na direita vs. jogar na esquerda. Não foi uma das suas melhores exibições, longe disso, mas traz muito mais àquele lado direito.
Rafa Silva: dizem que no Carnaval ninguém leva a mal, mas eu levei (e muito) a mal o facto de Rafa ter decidido festejar o Carnaval vestido de homem invisível durante 45 minutos. Na segunda-parte lá marcou, soltou-se na esquerda e mostrou muito mais.
Mitroglou: voltou a marcar (por duas vezes), exibindo também por várias vezes os seus dotes de street footballer. Claramente num dos melhores momentos desde que chegou ao Benfica, só não marcou mais golos porque para ser humano, teria de nascer com alguma imperfeição e essa chama-se pé direito.
Jonas: a jogar devagarinho, talvez ainda debilitado, conseguiu sempre arranjar espaço para si e para os seus colegas, que viram finalmente um segundo avançado naquele espaço atrás de Mitroglou.
Filipe Augusto: está a pôr-se a jeito para se tornar no primeiro futebolista a fazer apenas 15 minutos por jogo. Embora tenha entrado num momento do jogo em que o meio-campo do Benfica estava como o pé do Herrera no fim do último jogo, conseguiu trazer algum critério à equipa.
Cervi: entrou para que pudéssemos saber finalmente quem é mais pequeno: ele ou Rafa. É o argentino e eu não sei o que fazer agora que possuo esta informação.