Markovic e Djaló

É impressionante o trabalho que Jorge Jesus tem feito com Markovic. Chegado ao Benfica no princípio deste ano, o jovem Sérvio já demonstra uma utilidade no jogo do Benfica que embaraça os seus muito verdes 19 anos.

O talento era óbvio à chegada. Markovic já era rapidíssimo, tinha pormenores técnicos de estrela, era criativo e começou logo por marcar golos. E naquela parte do campo, estrela sem golos não é bem estrela.

Chegado a um Benfica com Gaitan e Salvio na alas, nem o próprio Markovic acreditaria se lhe dissessem que ia chegar a Fevereiro de 2014 com 1400 minutos pela equipa principal. Costumava-se dizer que que no Benfica ninguém tinha tempo para crescer, mas Jorge Jesus tem provado o disparate que isso é.

Já defende, já luta, já percebe os movimentos da equipa, já combina melhor. Ainda nem sempre toma as melhores decisões e é aí que estará o seu desafio maior. A velocidade pura serve para pouco num jogo de futebol, basta perguntar ao Yannick Djalo.  Principalmente contra defesas apertadas, um sprint de 30 metros é uma maneira cansativa de se perder a bola e de enervar toda a gente. Muito do seu futuro passará pela capacidade de fazer uma melhor gestão de quando acelerar / desacelerar o seu jogo. Um problema que, por exemplo, Michael Thomas ou Paulo Madeira nunca tiveram.

De qualquer maneira, torna-se cada vez mais óbvio que Markovic terá do futebol o que dele quiser. Aproveite-mos enquanto anda por cá.