Pouca sorte. Estranho.

Imagina que tinhamos ganho os jogos todos da pré época. Por 5 e 6 a zero. Imagina que tinhamos despachado 30 jogadores que não fazem falta. Imagina que só tinhamos contratado 1 trinco, 1 central e 2 laterais de nível mundial. Imagina que não tinhamos sofrido um único golo e acabámos todos os jogos com 70% de posse de bola. Gestão perfeita fora do relvado, perfeição dentro dele.

Seríamos o principal candidato ao título de campeão nacional?

Não. O principal candidato continuaria a ser o clube que ganhou campeonatos com o Pena a ponta de lança. O clube do patrão de todos os árbitros. O clube que decide quem são os treinadores de 30% dos clubes da primeira divisão. O clube que organiza a comissão anti-doping (organizou o seu desaparecimento).

Ora, da sorte dependeríamos sempre. Agora, se dela menos dependessemos, mais dela teríamos.

Direcção do Benfica, sorte e fado. Cáfilas, escáfias e Amálias.

Agora venha de lá o Maritimo que, com um bocadinho de sorte, leva 5 na pá e mais 1 no sobrolho.