domingo, 11 de dezembro de 2016

Cartolinas? Eram os famosos vouchers da Luz, caro Bruno






Num jogo em que o Benfica tentou aproveitar os ataques rápidos, foi o Sporting quem mais uma vez dominou de forma categórica rumo a uma (quase) vitória, que não aconteceu porque Peyroteo hoje decidiu tirar folga e porque o árbitro não deixou. Tal como não deixou que o melhor trinco do mundo cometesse mais de 10 faltas sem amarelo ou tentasse ir ao focinho a um apanha-bolas. O Benfica ganhou e, de repente, este país voltou a não gostar nada de futebol. Salvio e Raúl, dois jogadores que os benfiquistas não queriam em campo, fizeram os golos, algo que me leva a pensar que estivemos a uma entrada do Celis em campo de um resultado mais confortável. Já agora, quem é aquele rapaz na foto entre o Cervi e o Rafa, de camisola do Benfica vestida?

Ederson: voltou a defender quase tudo o que lhe apareceu à frente, ao contrário do Patrício que, segundo o JJ, fez zero defesas. Mas por acaso, até prefiro ter na baliza gajos destes. Que defendem quando a bola chega perto dele e que, vá, fazem o seu trabalho.

Nelson Semedo: presenciou na primeira-parte o eclipse de Bruno César, semelhante ao eclipse da Lua, mas com um objeto de maior circunferência. Deve ter ficado demasiado tempo a olhar para o sol, porque não viu Campbell uma única vez na segunda-parte e isso podia ter saído caro.Foi duas vezes lá à frente, tendo sido decisivo numa delas.

Luisão: apanhou finalmente um avançado tão móvel quanto ele, embora mais novo, pela frente e esteve melhor do que ultimamente. Saudades de Liedson é daquelas coisas que não terá.

Lindelof: bem durante quase todo o jogo, distraiu-se por um momento para tentar ajudar Nelson Semedo a encontrar Campbell e esqueceu-se que havia um Bas Dost nas costas. Andou o resto do jogo à procura do holandês, mas Jesus já o tinha tirado, inovando mais uma vez ao não colocar nenhum jogador em campo para o seu lugar. Olha que um dia copiam-te, Jorge...

André Almeida: com um início um pouco abananado face aos slaloms de Gelson, rapidamente entrou em jogo e pouco espaço deu ao extremo do Sporting, rubricando uma boa exibição. Mantém o bigode, embora o Movember já tenha acabado, numa clara homenagem ao bigode à Benfica.

Fejsa: anulou quem quer que fosse o homem que aparecia à sua beira na primeira-parte, mas sofreu um pouco mais no segundo-tempo para parar a legião que se encontrava no seu raio de ação (que cobre todo distrito de Lisboa e um pouquinho de Setúbal). Teve o seu melhor momento numa jogada perto do fim em que, heroicamente, aguenta o riso no momento em que Marvin Zeegelaar tenta ultrapassá-lo com um toque de calcanhar.

Pizzi: mostrou a todo o país o génio que é quando, ainda no primeiro tempo, isola Jimenez usando Bryan Ruiz como tabela. Desapareceu na segunda-parte quando, por não ser Guedes, não correr como Guedes ou não levar porrada como Guedes, Rui Vitória decide que Luís Miguel deveria passar a ser Guedes. Fez umas 3 ou 4 roletas durante o jogo, o que é sempre bonito.

Salvio: vinha-se arrastando em campo, nem defendia, nem atacava. Os benfiquistas pediam que Rui Vitória o sentasse. Rui Vitória não acha bem fazê-lo, Salvio entra ligado à corrente, ajuda a defender e ainda marca um golo do outro lado, bem à sua imagem. Portanto, como é óbvio neste Benfica, saiu lesionado.

Rafa: esteve em quase tudo o que foram lances de perigo do Benfica, pareceu sempre ser demasiado pequeno para que qualquer jogador do Sporting o visse sequer. Fez uma assistência de trivela, pintou o jogo com classe e pintou também o cabelo de muito benfiquista de branco com aquele lance em que decide mal, já na segunda-parte.

Gonçalo Guedes: William e Zeegelaar iam alternando no já habitual jogo de "Sai da frente Guedes", em que se pontapeia o rapaz a ver se parte. Numa jogada estranha, viu uma cartolina fazer um corte totalmente limpo, sem lhe acertar nas pernas, algo que ainda não tinha acontecido este ano. Jorge Sousa decidiu, mais uma vez contra o Sporting, parar um contra-ataque leonino e dar bola ao solo.

Raúl Jimenez: não recebeu o memo de Cardozo e Mitroglou que diz que "no cara a cara com Rui Patrício, rematar por entre as pernas". Redimiu-se na segunda-parte, ao antecipar-se a João Pereira, que ainda deve estar a tentar chegar ao cruzamento de Nelson Semedo. Percebeu da pior maneira que, depois do minuto 70 do ano passado ter sido de cânticos dos adeptos do Benfica, este ano foi a altura ideal para o "Dia Internacional de bater no Raúl".

Danilo: sem jogar desde 2003, quando entrou na compensação de um jogo das escolinhas do Grêmio, notou-se alguma falta de pernas do médio. Deverá agora hibernar, voltando a tempo do jogo da segunda volta.

Cervi: entrou para ajudar a defender e conseguir arrancadas que permitissem ampliar a vantagem. Conseguiu a primeira, tentou a segunda e ainda levou com um Coates em cima.

Samaris: colocado em campo para subir a média de alturas da equipa, num momento em Cervi e Rafa estavam em campo em simultâneo.

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