sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Queremos futebol sem balizas para Rafa e a criação de mais competições para Cervi marcar


Enquanto vos escrevo, o Porto já publicou mais 5 fotos no facebook onde descobre penalties a seu favor e Peyroteo não pára de marcar. Entretanto, o fraquinho Benfica que não joga a ponta de um pintelho, termina o ano com 44 vitórias, igualando o Barcelona e o recorde de sempre em Portugal. O Paços fez pouquinho, o Benfica não precisou de fazer muito e até Celis esteve em bom plano, o que nos surpreendeu.

Ederson: termina o ano, acima de tudo, com frio. A defesa mais complicada que fez consistiu num momento em que tem tempo de colocar o joelho no chão e agarrar a bola com a calma que lhe é característica. Deu um sprint quase até ao meio-campo, provavelmente para dar os parabéns a Jardel pela boa exibição, tendo em conta que nunca mais esteve a menos de 20 metros dele durante a partida.

Nelson Semedo: é vender! Não precisamos para nada de um lateral rápido, a crescer defensivamente e com boa capacidade de decisão. Há aos montes desses... Meus amigos, eu não sei se o Vieira anda a tentar vendê-lo ou não, mas deixá-lo sair em janeiro será, sempre, um erro.

Luisão: não escorregou nenhuma vez mas ainda quis iniciar um contra-ataque para o Paços, que rapidamente cortou. Esteve lá hoje, sem se dar muito por ele.

Jardel: não precisa de estar muitas vezes em campo para se tornar notório que precisa de estar muitas vezes em campo. Foda-se, troquei-me... É o melhor central do Benfica e tem de ser titular sempre que esteja disponível.

André Almeida: aumentou a sua coleção de jogadores de bolso com um gajo qualquer do Paços que eu nem conheço, porque nem apareceu, isto depois de ter começado com Gelson. Teve contributo importante no golo.

Fejsa: nada afetado pelos doces de Natal, talvez por não festejar uma quadra que celebra o nascimento de um Messias, quando se sabe que o verdadeiro Messias se chama Ljubomir. Proponho por isso que se altere o Natal para 14 de Agosto. Proponho também que a Páscoa se festeje em cada dia que Ljubomir foi campeão, o que acabava por dar feriado durante quase todo o mês de Maio.

Celis: fez ao 6º jogo o seu melhor jogo, sem grandes problemas com a bola nos pés e tirando ali uns 5 minutos de flashback dos seus tempos na Colômbia em que começou a distribuir fruta, um bom jogo em termos defensivos. Parabéns Guillermo, hoje tens direito ao que quiseres.

Rafa: tudo que não exija marcar golos, Rafa faz como poucos. Rafa, o boneco playmobil de barba, quando olha para a baliza, vê isto certamente:


Cervi: decidiu mostrar aos colegas que se devem deixar de conices em frente à baliza e que devem espetar um balázio que, mesmo que apanhe o guarda-redes, o empurra para a baliza com a bola. Porra, estou muita forte com as referências ao Oliver e Benji hoje.

Gonçalo Guedes: muito bem a fugir a todos os defesas que lhe apareciam pela frente, melhor ainda a tentar estragar os placards publicitários que se encontram atrás da baliza. Fez Jonas desiludir-se com a juventude mais do que uma vez.

Raul Jimenez: esteve perto de marcar na jogada do golo de Cervi e esteve igual a si mesmo: lutador, esforçado e no sítio onde Rafa deve estar sempre (fora da área). Saiu lesionado, obviamente. Sim, porque o Benfica não poderia terminar 2016 sem alguém se lesionar.

Jonas: a bola fica mais redonda, a relva mais verde, a imagem mais nítida e colorida. Os colegas jogam melhor, os adversários parecem mais toscos e até Fejsa parece mais campeão com Jonas em campo. O futebol precisa de Jonas, Jonas precisa de futebol e nunca se esqueçam que Nuno, no Valencia, o dispensou.

Mitroglou: entrou para ser abraçado pelos carentes centrais pacenses. Sendo Kostas Mitroglou um rapaz friorento, duvido que se tenha importado muito.

André Horta: colocado em campo para ganhar ritmo, teve num corte em carrinho junto à linha final o seu melhor momento. Bem-vindo de volta, Hortinha.

sábado, 17 de dezembro de 2016

4 em cada 5 cardiologistas recomendam: não veja jogos do Benfica


Podíamos ter goleado, mas andamos ali a ver se ainda dava para tornar este campeonato mais interessante. É como aqueles gajos que podiam ter ganho ao Benfica, mas os adeptos adversários mandavam cartolinas... No entretanto, Jonas voltou e eu juro que senti a Terra a tremer.

Ederson: voltou a defender tudo o que lhe chegou pela frente, o que tendo em conta a pista de gelo na qual Luisão se vai encontrando, é muito. Não é o 12º melhor jogador do mundo graças aos votos de um cabo-verdiano sportinguista, mas safa.

Nélson Semedo: terá perdido, ao todo, um duelo durante a noite de hoje e foi quando apostou com o Pizzi no autocarro que o André Almeida não era homem suficiente para tentar um pontapé de bicicleta num jogo a contar. Exibição sólida, mais uma.

Luisão: 
Foda-se Capitão. A Lei da Gravidade já está provada, é
escusado continuar a tentar demonstrar que não é mito

Lindelof: menos paragens cerebrais do que aquilo que tem sido (infelizmente) normal. Ter tido um russo pela frente deve ter ajudado alguma coisa.

André Almeida: jogo certinho, ainda com resquícios de Gelson no bolso. Muito acutilante a atacar, a ter trabalho defensivo apenas perto do fim e deixa-me parar de escrever porque o Record ainda me rouba esta frase para o jornal de amanhã.

Fejsa: é raro criar-se algo em Portugal que se torna "viral" na Internet, porque normalmente só se cria coisa estúpida por aqui. Parece ter surgido ultimamente uma espécie de "Ultimate Challenge", que é ver quem consegue fazer uma cueca ao Fejsa de calcanhar. Deve dar direito a ser primeiro-ministro ou coisa assim. Obviamente, ainda ninguém chegou perto do objetivo. Mesmo que Fejsa tente ajudar, estando em todo o lado.

Pizzi: o grande problema de defrontar William Carvalho vem depois. Ficas a achar que o futebol são 90 minutos de contemplação e meditação e que correrias é para jamaicanos. Pizzi teve alguns momentos em que pareceu querer desfazer-se dessas ideias, mas depois fez tiro ao Moreira e viu em Jonas um desses jamaicanos, voltando ao mesmo. Volta #pissi.

Cervi: começou à direita, mas ter-se-á sentido intimidado por haver daquele lado alguém que corria mais que ele, tentando a sua sorte do lado esquerdo. Alguns bons pormenores e um breve regresso ao lado direito para arrancar um penalty, saindo pouco depois.

Rafa: é o gajo que seduz as mulheres todas, mas não come nenhuma. É o gajo que tem os melhores carros, mas não tem carta. Rafa é o gajo que vai ao restaurante, come os aperitivos e pede a conta. É aquele que cria, mas que no fim, destrói. Rafa entusiasma, mas um gajo farta-se de levar as mãos à cabeça quando ele se encontra em frente à baliza. É só fazer mira à cabeça do guarda-redes, vais ver que resulta!

Gonçalo Guedes: não é fácil ser um miúdo-prodígio. Todos te querem puxar, agarrar e até rasteirar. Guedes, um pouco à imagem de Rafa, também seduz as mulheres todas, tem os melhores carros e vai aos melhores restaurantes. Mas quando está à porta, leva uma entrada de carrinho.

Raul Jimenez: Aí está Jimenez voltou a cagar num guarda-redes num penalty. Voltou a fazer de uma grande penalidade uma trivialidade e de um guarda-redes um ser com um sofrível poder de adivinhação. Os meus dias pareciam estranhos sem um golo de Raul, mas o mexicano voltou a fazer do mundo um lugar normal, três dias depois.

Mitroglou: Pedro Henriques ia prevendo uma entrada triunfante do grego, quando Aílton imaginou-se a fazer curling com uma bola. Mitroglou entrou, mas o Benfica já não estava virado para essa coisa dos golos e Mitroglou mais não fez do que apanhar frio.

Jonas: percebes que és bom quando jogas 15 minutos e estás perto de fazer dois golos em cantos do Pizzi. Jonas está de volta, todos os presentes de Natal recebidos daqui a uma semana são obsoletos e nada mais do que um prolongamento do real Natal, que aconteceu hoje, na Amoreira.

Samaris: essa cena de dar as boas-vindas a um treinador espanhol, oferecendo-lhe a possibilidade de fazer 4 substituições não dá com nada...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Não é de Madrid, mas é Real e Mitroglou sabe


Hoje não me foi possível assistir ao jogo, devido a trabalho, mas bem ou mal, o Benfica lá eliminou o Real Massamá e continua o seu caminho na Taça.

Por outro lado, interessa-me mesmo saber: isto teve alguma coisa a ver com cartolina ou o Benfica ganhou mesmo por ter marcado mais golos e havia gente a tentar esconder o facto de terem saído da Europa e ficado a 5 pontos da liderança com cartolinas e fita-cola? E as cadeiras queimadas, como é que ficamos? Pagam ou foram as cartolinas e a mão do Pizzi?

domingo, 11 de dezembro de 2016

Cartolinas? Eram os famosos vouchers da Luz, caro Bruno


Num jogo em que o Benfica tentou aproveitar os ataques rápidos, foi o Sporting quem mais uma vez dominou de forma categórica rumo a uma (quase) vitória, que não aconteceu porque Peyroteo hoje decidiu tirar folga e porque o árbitro não deixou. Tal como não deixou que o melhor trinco do mundo cometesse mais de 10 faltas sem amarelo ou tentasse ir ao focinho a um apanha-bolas. O Benfica ganhou e, de repente, este país voltou a não gostar nada de futebol. Salvio e Raúl, dois jogadores que os benfiquistas não queriam em campo, fizeram os golos, algo que me leva a pensar que estivemos a uma entrada do Celis em campo de um resultado mais confortável. Já agora, quem é aquele rapaz na foto entre o Cervi e o Rafa, de camisola do Benfica vestida?

Ederson: voltou a defender quase tudo o que lhe apareceu à frente, ao contrário do Patrício que, segundo o JJ, fez zero defesas. Mas por acaso, até prefiro ter na baliza gajos destes. Que defendem quando a bola chega perto dele e que, vá, fazem o seu trabalho.

Nelson Semedo: presenciou na primeira-parte o eclipse de Bruno César, semelhante ao eclipse da Lua, mas com um objeto de maior circunferência. Deve ter ficado demasiado tempo a olhar para o sol, porque não viu Campbell uma única vez na segunda-parte e isso podia ter saído caro.Foi duas vezes lá à frente, tendo sido decisivo numa delas.

Luisão: apanhou finalmente um avançado tão móvel quanto ele, embora mais novo, pela frente e esteve melhor do que ultimamente. Saudades de Liedson é daquelas coisas que não terá.

Lindelof: bem durante quase todo o jogo, distraiu-se por um momento para tentar ajudar Nelson Semedo a encontrar Campbell e esqueceu-se que havia um Bas Dost nas costas. Andou o resto do jogo à procura do holandês, mas Jesus já o tinha tirado, inovando mais uma vez ao não colocar nenhum jogador em campo para o seu lugar. Olha que um dia copiam-te, Jorge...

André Almeida: com um início um pouco abananado face aos slaloms de Gelson, rapidamente entrou em jogo e pouco espaço deu ao extremo do Sporting, rubricando uma boa exibição. Mantém o bigode, embora o Movember já tenha acabado, numa clara homenagem ao bigode à Benfica.

Fejsa: anulou quem quer que fosse o homem que aparecia à sua beira na primeira-parte, mas sofreu um pouco mais no segundo-tempo para parar a legião que se encontrava no seu raio de ação (que cobre todo distrito de Lisboa e um pouquinho de Setúbal). Teve o seu melhor momento numa jogada perto do fim em que, heroicamente, aguenta o riso no momento em que Marvin Zeegelaar tenta ultrapassá-lo com um toque de calcanhar.

Pizzi: mostrou a todo o país o génio que é quando, ainda no primeiro tempo, isola Jimenez usando Bryan Ruiz como tabela. Desapareceu na segunda-parte quando, por não ser Guedes, não correr como Guedes ou não levar porrada como Guedes, Rui Vitória decide que Luís Miguel deveria passar a ser Guedes. Fez umas 3 ou 4 roletas durante o jogo, o que é sempre bonito.

Salvio: vinha-se arrastando em campo, nem defendia, nem atacava. Os benfiquistas pediam que Rui Vitória o sentasse. Rui Vitória não acha bem fazê-lo, Salvio entra ligado à corrente, ajuda a defender e ainda marca um golo do outro lado, bem à sua imagem. Portanto, como é óbvio neste Benfica, saiu lesionado.

Rafa: esteve em quase tudo o que foram lances de perigo do Benfica, pareceu sempre ser demasiado pequeno para que qualquer jogador do Sporting o visse sequer. Fez uma assistência de trivela, pintou o jogo com classe e pintou também o cabelo de muito benfiquista de branco com aquele lance em que decide mal, já na segunda-parte.

Gonçalo Guedes: William e Zeegelaar iam alternando no já habitual jogo de "Sai da frente Guedes", em que se pontapeia o rapaz a ver se parte. Numa jogada estranha, viu uma cartolina fazer um corte totalmente limpo, sem lhe acertar nas pernas, algo que ainda não tinha acontecido este ano. Jorge Sousa decidiu, mais uma vez contra o Sporting, parar um contra-ataque leonino e dar bola ao solo.

Raúl Jimenez: não recebeu o memo de Cardozo e Mitroglou que diz que "no cara a cara com Rui Patrício, rematar por entre as pernas". Redimiu-se na segunda-parte, ao antecipar-se a João Pereira, que ainda deve estar a tentar chegar ao cruzamento de Nelson Semedo. Percebeu da pior maneira que, depois do minuto 70 do ano passado ter sido de cânticos dos adeptos do Benfica, este ano foi a altura ideal para o "Dia Internacional de bater no Raúl".

Danilo: sem jogar desde 2003, quando entrou na compensação de um jogo das escolinhas do Grêmio, notou-se alguma falta de pernas do médio. Deverá agora hibernar, voltando a tempo do jogo da segunda volta.

Cervi: entrou para ajudar a defender e conseguir arrancadas que permitissem ampliar a vantagem. Conseguiu a primeira, tentou a segunda e ainda levou com um Coates em cima.

Samaris: colocado em campo para subir a média de alturas da equipa, num momento em Cervi e Rafa estavam em campo em simultâneo.