Se isto são os 30 minutos à Benfica, não os mostrem mais
Começou tudo bonito, jogadas com 3 bolas nos ferros davam em golo, os temíveis adeptos turcos iam vendo uma equipa de vermelho passear classe e qualidade no seu estádio. E depois, aconteceu nada mais nada menos, do que Sporting. O que antes do jogo até não seria um mau resultado, é agora uma das piores coisas que vi o Benfica fazer nos últimos anos.
Ederson: sem trabalho na primeira-parte, fez o que podia na segunda quando teve um bando de turcos e um cigano atrás dele, a acertar-lhe na cabeça e tudo mais. Sai com o ponto positivo de ter acertado com uma bolada no árbitro de baliza e não lhe ter acontecido nada.
Nélson Semedo: marcou um golaço na primeira-parte e, talvez por isso, começou também ele a levar com um bando de turcos e um cigano em cima dele, a toda a hora. Teve trabalho a mais no segundo tempo para um lateral de uma equipa que chega ao intervalo a ganhar 3-0.
Luisão: tinha uma ótima analogia para fazer comparando Luisão ao tipo de muro que Trump quer construir na fronteira EUA-México, mas depois o Benfica sofreu três golos e fica a ideia que, com ou sem muro, os mexicanos passam na mesma.
Lindelof: numa fração de segundo, a sua cabeça parou e, vendo o que o Ederson ia fazendo na primeira-parte, decidiu tentar o mesmo. Tendo em conta que tem o equipamento igual a outros 9 gajos em campo, não podia.
Eliseu: com poucas deslocações à frente, teve facilidade para parar Quaresma no primeiro tempo. Tal como os seus colegas, deixou-se dormir no 3º golo e deixou um jogador que até então tinha sido defesa-central assumir o papel de ponta-de-lança. Teve, ainda assim, uma exibição positiva.
Fejsa: Deus Ljubomir voltou e logo com um golo, que devia ter sido suficiente. Não foi e Fejsa sai do jogo com a sensação de que fez tudo o que podia e que lhe competia e que, mesmo assim, de nada serviu.
Pizzi: passou os primeiros 45 minutos a ser vítima de bullying por parte de um turco com um nome impossível de escrever, mas sempre a jogar com critério e a "fazer o carrossel mexer". Terminou o jogo só a correr de um lado para o outro, sem grande ideia do que fazer.
Salvio: sem saber bem como, fez duas assistências e ainda usou o poste para fazer outra. Viu Semedo fazer um golaço na primeira-parte e deve ter pensado que o jovem lateral aguentava defender sozinho. Enganou-se.
Cervi: sem deslumbrar, ia conseguindo combinar bem com os colegas e fazendo parte daquele carrossel que a equipa manteve durante 60 minutos. Pareceu sair do campo "só porque substituições são coisas que um treinador faz" e a equipa perdeu bastante.
Gonçalo Guedes: voltou a ter uma batalha não só contra a equipa adversária mas também contra a gravidade, sendo que ia ganhando ambas. Sai com um golo e a noção que se calhar teria feito mais sentido se só tivesse saído daquele relvado no fim.
Mitroglou: escolheu o pior jogo para decidir fazer a sua melhor impressão de Kikin Fonseca ou qualquer das outras dezenas de pontas-de-lança que por cá passaram e que tinham "muito azar" em frente a baliza. Estamos a precisar do Mitras e não deste rapaz que lhe roubou a camisola.
Rafa: entrou em campo com uma missão, mas acho que nem ele, nem Rui Vitória sabe qual era.
Samaris: entrou para segurar o meio-campo mas a bola já não andava por essas zonas há algum tempo.
Raul Jimenez: é fácil agora dizer que devia ter ido para o campo mais cedo. Mas a verdade é que devia...